A deputada também disse que o secretário não deve fazê-la de otária. Durante a fala, Janaina usou ainda o termo “suas negas”, mas se arrependeu, pediu desculpas e solicitou que a fala fosse retirada.  Em resposta, já na noite desta quarta, Fábio também subiu o tom. Ele reclamou que foi atacado de forma baixa pela deputada, que teve uma fala racista, argumentando que ela não pode o obrigar a pagar as emendas, porque a lei já o obriga.

“Se a senhora quiser me enfrentar, eu tô pronto. E mais, muito tranquilo. Eu tenho histórico na minha vida de muito trabalho e de muita honestidade. Eu não fui criado com dinheiro da corrupção. Pelo contrário. Eu fui criado e crio as minhas filhas com dinheiro do meu trabalho honesto. Estudei pra isso. Trabalhei pra isso. E faço disso, da honestidade, um pilar da educação na minha casa. Portanto, isso me deixa muito tranquilo. Pra não ter medo a nenhum enfrentamento. Tô pronto pra ir, se assim, Vossa Excelência decidir”, respondeu.

Em seguida, o secretário da Casa Civil afirmou que não há motivos para Janaina ter medo, já que os tempos do medo – os quais ele se refere como os mandatos de José Riva, pai da deputada – já passaram. “Não apele para o vitimismo, deputada”, alfinetou, sobre o tom das críticas na tribuna.

Na manhã desta quinta-feira (1º), a deputada fez uma tréplica improvisada em seu perfil do Instagram. No vídeo, ela esclareceu o uso do termo “suas negas”, reconhecendo a falha e sinalizando a correção, e finalizou defendendo sua trajetória política.

Ela iniciou o vídeo ironizando a fala de Fábio sobre histórico familiar de corrupção e pedindo que seguidores “pesquisem no google”. Depois, disse que lamenta o fato da briga política ter descambado para o seio familiar.

“Quero dizer a vocês que eu sempre agi com muita ética durante toda a minha carreira política. E não tem nada, como vocês viram ali no vídeo, que possa atingir a minha moral e o meu trabalho. Mas, eu lamento muito o nível das discussões”, concluiu.

Nos últimos dias os ânimos entre Janaina e o Palácio Paiaguás estão exaltados e há troca de “gentilezas”. Tanto a deputada quanto o governador Mauro Mendes (União Brasil) são pré-candidatos ao Senado e divergem de algumas temáticas como, por exemplo, a questão do funcionalismo público.